Evolução do crédito à habitação
Os portugueses têm cada vez mais dificuldades em comprar casa recorrendo ao crédito à habitação. Spreads mais altos e financiamentos menores são os principais obstáculos. Ou seja, os bancos estão a passar para os clientes a factura da crise. Cobram mais pelo empréstimo e exigem maiores garantias. Para conhecer a evolução mensal dos créditos à habitação pode clicar aqui.
O crédito habitação foi outrora um dos principais produtos da atividade bancária, atualmente vê a sua concessão restrita e em sentido descendente. Esta redução é reflexo de um conjunto de fatores, tais como o processo de desalavancagem que tornou o crédito mais difícil e mais caro, a desvalorização contínua dos imóveis devido a uma oferta superior à procura, o aumento da carga fiscal sobre os imóveis (IMI), diminuição dos rendimentos das famílias que provoca instabilidade financeira e insegurança profissional. Com uma conjuntura desfavorável à aquisição de habitação por parte das famílias e com os Bancos a concederem menos crédito é compreensível a diminuição do crédito concedido. Em compensação os Bancos focaram-se na recuperação de crédito pois o incumprimento teve um forte embate na queda da rentabilidade dos Bancos, que perdiam por dois lados, num deles pela redução de concessão e por outro pelo elevado nível de incumprimento.
ResponderEliminarO crédito à habitação alcançou, nos últimos anos, uma colossal relevância económica e social, marcando decisivamente a atividade da banca de retalho em Portugal. As perspetivas de fidelização do cliente por um longo período de tempo (possibilidade de concretização de cross Selling) a política de benefícios e o baixo risco associado, agudizaram a concorrência em torno deste tipo de crédito hipotecário.
ResponderEliminarÉ de realçar que o crescimento exponencial do crédito à habitação (grandíssima rentabilidade para o banco), em Portugal, levanta algumas incógnitas relevantes relacionadas com o grau de acessibilidade das famílias ao crédito e consequentemente:*Aparecimento de sobreendividamento dos particulares;
*Necessidade de obter critérios sólidos que permitam avaliar o nível de risco bem como a capacidade de solvabilidade dos particulares que procuram crédito à habitação.
Nos dias que correm, é cada vez mais difícil para as pessoas de conseguirem aceder ao Crédito Habitação. Cada vez mais são maiores as exigências feitas pelo Banco afim de concederem créditos tal é a vontade destes em fazerem face à sua concessão excessiva e consequente falta de cumprimento por parte dos seus clientes dos seus deveres. Estas medidas foram tomadas para reduzir o mais possível a fase que estavas a atravessar na banca, a qual se denomina de alavancagem e representa uma maior contratação de créditos (empréstimo de dinheiro por parte do banco) e menor captaçao de depósitos (dinheiro novo dos clientes).
ResponderEliminarO crédito à habitação nos últimos anos teve uma enorme importância económica e social e que marcou também decisivamente a actividade da banca de retalho em Portugal.
ResponderEliminarAs perspectivas de fidelização do cliente por um longo período de tempo, a possibilidade de realização do cross selling, a política de bonificações e o baixo risco associado, agudizaram a concorrência em torno deste tipo de crédito hipotecário.
No entanto, o crescimento exponencial do crédito à habitação em Portugal começou a levantar algumas interrogações importantes relacionadas com o grau de acessibilidade das famílias ao crédito e com um acontecimento novo. O aparecimento de sobreendividamento dos particulares, a necessidade de encontrar critérios sólidos que permitissem avaliar o nível de risco e a capacidade de solvabilidade dos particulares em busca de crédito à habitação.
Também do lado de quem concede o crédito, os bancos, a competitividade agressiva em torno deste tipo de crédito veio a reflectir-se em políticas agressivas de pricing que se consubstanciam num emagrecimento da margem financeira e consequentemente numa redução generalizada da rendibilidade das operações.