quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

A limpeza da cozinha

Sou estudante de economia e partilho uma casa com dois colegas. Mas não nos entendemos quanto à limpeza da cozinha.
Pensei que se desenvolvesse uma estratégia implacável de penalizações talvez conseguisse manter uma certa rotatividade na limpeza da cozinha. Mas os meus colegas não levam a sério as minhas ameaças de "castigá-los" e de me recusar a limpar e arrumar a cozinha, uma vez que sabem que prezo muito mais uma cozinha limpa do que eles. O que acha que devo fazer?
Para saber a resposta de Tim Harford, publicada no Financial Times, traduzida para o Diário Económico, clicar aqui. Uma resposta que constitui uma excelente sugestão para a postura que devemos asssumir perante determinados problemas do nosso quotidiano.

1 comentário:

  1. Neste problema é notória a presença de um processo negocial semelhante à de um balcão de Banco. Assim sendo, vamos tratar os colegas como clientes a fim de evitar gastos desnecessários com uma empregada orientando-o para os nossos objetivos.
    Em primeiro lugar é necessário criar valor da cozinha junto dos colegas, dar-lhes a entender que só têm a ganhar tendo a cozinha limpa. Resumindo, criar a necessidade.
    Em segundo lugar, eles têm que perceber que é fácil manter arrumada a cozinha com pouco esforço, explica-se que a segmentação de tarefas reduz o trabalho. Neste momento, já mostrou as vantagens da cozinha limpa e como é fácil aceder a essas vantagens.
    Em terceiro lugar, apresenta uma alternativa, "a empregada", que é uma solução mais cara, referindo o peso que isso pode ter no orçamento mensal. Eles vão dar uma oportunidade à primeira solução que lhes mostrou para evitar os gastos.
    Depois só tem que ir acompanhando o trabalho dos colegas, convidando as colegas para testar o efeito da cozinha limpa, motivando a arrumação constante.
    Resumindo, é o mesmo que negociar com um cliente, criar valor, descobrir a necessidade, mostrar-lhe facilidade e disponibilidade no tratamento das suas necessidades e sugerir várias alternativas para ter lhe dar o poder de escolha, conduzindo-o no sentido dos objectivos. Depois é só acompanhar, estar atento a eventuais pontos de descontinuidade, evitar o incumprimento e fidelizar o cliente. Quem sabe o dinheiro gasto com a empregada não poderia ser poupado para imprevistos como o frigorífico avariar? Aposto que da próxima vez que tiverem um problema iam estar mais disponíveis para as suas soluções.

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